1ª Palestra - Wiver Martins

1ª Palestra - Wiver Martins

Acesso ao currículo de Wiver Martins

Sob a batuta de Wiver Martins, os participantes foram introduzidos aos alicerces da ética profissional, mergulhando em dilemas comuns e analisando casos reais que desvendam a aplicação prática desses princípios. Uma palestra interativa e disruptiva na criação de um Mapa de ``Ética``, uma ferramenta personalizada para identificar pontos de melhoria e cocriar soluções inovadoras nas práticas profissionais. 

Resumo da Palestra
O conteúdo enfatiza a importância de uma atuação profissional que transcende o conhecimento técnico, integrando valores éticos e um forte compromisso com a sustentabilidade.

Ética Profissional e Deveres
A profissão é apresentada como um bem social e cultural, exigindo conduta honesta, digna e cidadã. São delineados sete princípios éticos fundamentais, focando no bem-estar humano, no desenvolvimento harmônico do ambiente e na aplicação da tecnologia para a melhoria da qualidade de vida. Os deveres profissionais são detalhados em diversas esferas: Em relação ao ser humano e seus valores: Contribuir para o bem da humanidade, harmonizar interesses coletivos e individuais, preservar a incolumidade pública e disseminar conhecimento.

Em relação à profissão: Zelar, desenvolver e preservar a boa imagem da profissão, atuando dentro dos limites de suas atribuições e combatendo transgressões éticas.

Nas relações com clientes, empregadores e colaboradores: Oferecer tratamento justo, resguardar sigilo, fornecer informações precisas, atuar com imparcialidade, respeitar o direito de escolha do cliente, alertar sobre riscos e adequar a comunicação técnica.

Nas relações com outros profissionais: Manter lealdade no mercado de trabalho, manter-se atualizado sobre as normas e defender os direitos profissionais.

Em relação ao meio ambiente: Orientar as atividades pelos preceitos do desenvolvimento sustentável, buscar a minimização de impactos ambientais e a conservação de energia em projetos e obras, e considerar a preservação do patrimônio sociocultural e ambiental.

Uma infração ética é definida como qualquer ato que viole esses princípios, resultando em julgamento e possíveis penalidades, conforme o Código de Ética Profissional do CONFEA/CREA. O código pode ser consultado no site do CREA-SP

Responsabilidades Profissionais
A apresentação explora diversas camadas de responsabilidade:

  • Administrativa: Derivada de regulamentações públicas (Códigos de Obras, Normas Técnicas), exigindo conformidade legal para evitar sanções como a suspensão do exercício profissional.
  • Civil: Obrigação de reparar danos causados no exercício da atividade. Abrange responsabilidade contratual, pela solidez e segurança da construção (cinco anos, mas ilimitada se houver erro profissional comprovado), pela escolha e rejeição de materiais não conformes, e por danos a terceiros (com responsabilidade solidária entre profissional e proprietário).
  • Ética: Decorrente de faltas morais na execução profissional, com penalidades previstas na legislação e no Código de Ética Profissional do CONFEA
  • Objetiva: Fundamentada no Código de Defesa do Consumidor, enfatizando a participação preventiva e consciente do profissional, a observância de normas técnicas, e a garantia contratual e legal (ART).
  • Técnica: O profissional assume a responsabilidade técnica pelas atividades específicas que executa.
  • Trabalhista: Regulada pelas leis trabalhistas, aplicável quando o profissional contrata empregados diretamente.
  • Sustentabilidade: Desafios e Oportunidades na Engenharia
  • A sustentabilidade é apresentada não como uma tendência, mas como uma necessidade urgente diante das crises globais

Desafios incluem:

  • A integração efetiva de critérios de sustentabilidade desde o início dos projetos, devido à falta de diretrizes claras e ferramentas adequadas. 
  • O custo inicial mais elevado de tecnologias sustentáveis e a dificuldade de aceitação de análises de custo-benefício a longo prazo. 
  • A lacuna na formação de engenheiros em sustentabilidade, exigindo uma mudança cultural e visão sistêmica. 
  • A gestão complexa de resíduos e a necessidade de processos produtivos mais limpos e circulares. 
  • A adaptação a mudanças climáticas extremas, dificultada pela falta de dados preditivos.

Oportunidades, por sua vez, são vastas:

  • Inovação em Materiais e Tecnologias Verdes: Desenvolvimento de concretos de baixo carbono, biopolímeros, nanomateriais e tecnologias de captura de carbono.
  • Digitalização e Engenharia 4.0: Uso de IoT, inteligência artificial, gêmeos digitais e big data para monitoramento e otimização de processos, permitindo decisões mais sustentáveis.
  • Certificações e Normas Sustentáveis: Crescimento de padrões como LEED, BREEAM e ISO 14001 impulsiona a adoção de práticas e mensuração de impactos.
  • Parcerias Multissetoriais e Governança Sustentável: Colaboração entre governo, setor privado, academia e sociedade civil é essencial para soluções escaláveis.
  • Educação e Formação Sustentável: A reforma curricular em cursos de engenharia para alinhar com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) é crucial para formar profissionais com pensamento crítico e ética socioambiental.

A apresentação conclui que a engenharia tem as ferramentas para liderar essa transição, desde que integre conhecimento técnico com responsabilidade socioambiental, ecoando a máxima de Lavoisier: ``Na natureza, nada se cria, nada se perde, tudo se transforma``.

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